A casa brasileira do Phoenix Suns!


A emblemática temporada de 1993 (Parte IV - Série vs. Seattle Supersonics)



Após ver a a passagem para a final de conferência ser confirmada com o arremesso de Sir Charles Barkley nos segundos finais contra o San Antonio Spurs (sim, estou vibrando novamente ao descrever esse arremesso), o Phoenix Suns tem como adversário o Seattle Supersonics. Sonics, que, aliás, é um dos times mais subestimados da década. Para chegar à WCF, o ótimo elenco composto por Shawn Kemp, Gary Payton e Ricky Pierce passou por cima de Houston Rockets e Utah Jazz, dados como favoritíssimos para avançar.

O técnico daquela equipe era George Karl, que, diga-se de passagem, já era contestado pelo seu método “nada defensivo” que ele costuma adotar. De fato, 80% dos jogadores daquele elenco concentravam suas habilidades exclusivamente no poderio ofensivo.Você  diz que Shawn Kemp defendia bem? Pois bem, eu contesto. Sem analisar números do confronto, podemos concluir tranquilamente que Charles Barkley dizimou o ala adversário em todos os jogos. É uma defesa regular, perfeitamente normal para um jogador de garrafão. Nada além de ‘atrapalhar’ o adversário. E ainda falamos de Charles Barkley. Não é nenhum tipo de jogador imparável, que sobretudo tinha a desvantagem na estatura. Enfim, só Gary Payton e o ótimo Derrick McKey defendiam naquela equipe.

Além dos duelos individuais da série, não há nenhum jogo que podemos dar algum tipo de ênfase. Não tivemos arremesso nos segundos finais, não tivemos quebra-pau. Mas tivemos ótimos jogos para se assistir. Dentre eles, aquele que este que vos escreve considera o melhor: “Game 5”. Foi o jogo em que as estrelas resolveram brilhar todas de uma vez. E falo sério. Chamado de “lá e cá”, o equilíbrio foi grande durante toda a peleja. Shawn Kemp anotou 33 pontos, Ricky Pierce 27 e Payton 20, sem falar das 8 assistências distribuídas por “the Glove”. Pelo lado do Suns, Dan Majerle fez 34 pontos e contribuiu com Kevin Johnson e seus 13 pontos e 10 assistências. Ok, falamos dos destaques humanos que entraram em quadra. Sim, só os humanos. A atuação de Charles Barkley naquela noite de terça-feira foi “coisa de outro mundo”. 43 pontos, 15 rebotes e 10 assistências. Ah, e claro, 72% de aproveitamento nos arremessos de quadra. E se isso importa algo pra você, o Suns venceu por 120 a 114 e passou a liderar a série em 3 a 2.

O jogo 6 seria vencido pelo Sonics, dentro de sua própria casa. A decisão voltaria à America West Arena, palco das grandes apresentações de Sir Charles.Sim, apresentações. É tipo você comprar um ingresso pra ver um espetáculo do Paul McCartney no Morumbi. E Barkley proporcionou mais um show para seu público. Quarenta e quatro pontos e vinte e quatro rebotes é o suficiente para agradar ao público? Não seria, se o Phoenix Suns não tivesse vencido. Charles soube agregar seu rendimento individual ao rendimento do time. Foi decisivo.

Senhores, pela segunda vez na história o Phoenix Suns alcançaria um lugar que só Paul Westphal, Alvan Adams e Arsdale chegaram. Em 1976, em um dos jogos mais emocionantes da história da bola ao cesto, o destino fora cruel com o time do Arizona. Westphal (dessa vez como técnico) e seus comandados tentariam mudar essa história contra o Chicago Bulls.

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