Suns Brasil

Dando sequência em nossa série de análises sobre os prospectos do draft 2016, hoje analisaremos Domantas Sabonis, filho de Arvydas Sabonis, que atuou na NBA nos anos 90 e teve grande destaque, além de uma renomada carreira internacional.

Domantas não tem o mesmo dinamismo de seu pai, mas possui muitas qualidades, sendo um jogador mais no estilo "pivô tradicional".

Sua maior virtude é certamente no jogo de costas para a cesta, no qual consegue ser muito eficiente, com 67% de acerto na última temporada da NCAA nestas situações. Mesmo quando enfrenta um atleta de maior estatura ou força, possui mobilidade e agilidade para passar pelo marcador.

Sabonis obteve boa média em rebotes, com 11.7 no basquete universitário. É claro que sua boa estatura ajuda no momento de conseguir o rebote, mas ele também consegue se posicionar muito bem e isso pode ser um diferencial para dominar o garrafão.

Com quase duas assistências de média, o jovem jogador não possui a facilidade no passe e visão de jogo de seu pai, no entanto consegue participar de jogadas longe da cesta, fazendo bloqueios e pick and rolls.

Assim como quase todos jogadores universitários, a diferença física do college para a NBA deverá ser um problema para o jogador. No caso de Sabonis, a dificuldade está em sair do garrafão, onde não consegue acompanhar jogadores mais rápidos.

Seu treinador em Gonzaga normalmente o orientava para ficar debaixo da cesta, mesmo que ele mostrasse também problemas para proteger o aro. Na NBA, terá grande dificuldade contra pivôs maiores ou com muitos recursos técnicos.

Ofensivamente, Sabonis possui dificuldade para atuar no perímetro, não oferecendo perigos aos adversários, que poderão deixá-lo sem marcação e assim aumentar a proteção do aro. Será algo que ele precisará melhorar, caso contrário, será como Tyson Chandler no ataque...

O Suns já conta com dois pivôs para os próximos anos (Tyson Chandler e Alex Len) e isso poderá dificultar na escolha de Sabonis, pelo menos na quarta e na décima terceira. O fato dele jogar próximo a cesta e ainda não ter desenvolvido o jogo distante da cesta deixaria a equipe sem muitas alternativas no perímetro, além de vulnerável defensivamente.

Em contrapartida, tanto Len quanto Chandler passam parte da temporada no Departamento Médico e Sabonis certamente teria chances de jogar constantemente.

Particularmente, pensaria duas vezes para selecioná-lo com a quarta escolha, já que a equipe possui muitas deficiências (principalmente entre os alas) e é preciso resolvê-las.

Já com a 13ª escolha, penso que o Suns deve selecioná-lo caso estiver disponível. O jogador mostrou no March Madness que é bastante competitivo e não desaparece em momentos decisivos, além de ter apenas 20 anos e muito tempo para evoluir seu jogo no longe da cesta.

Sabonis é uma escolha de segurança e tem tudo para ser eficiente na NBA em longa prazo. Vale a pena a aposta!