Suns Brasil

Com aproximadamente uma semana para o início da temporada regular da NBA, o SunsBR organizou um artigo com as expectativas da para 2011. É necessário destacar o fato de que praticamente tudo se baseia em fatos da temporada 2009/10. Aproveite!

Campanha em 2010: 54-28
Perdas: Amare Stoudemire, Leandro Barbosa, Louis Amundson
Principais Aquisições: Hedo Turkoglu, Hakim Warrick, Josh Childress

Logo após optar por sair do contrato, Amare Stoudemire assinou com o New York Knicks pela bagatela de 100 milhões de dolares, valor o qual o Suns nunca cobrira, em qualquer dimensão da vida. Tal perda será analisada mais tarde no mesmo artigo.

Semanas depois o Suns, mesmo sem um manager definido (Steve Kerr deixou o cargo no início do mês de Junho), surpreendeu a todos e trouxe Hedo Turkoglu, em troca do brasileiro Leandro Barbosa (o que inclusive causou a revolta de alguns muitos leitores e torcedores). Ainda sem um GM definido, Alvin Gentry e a comissão técnica buscaram e assinaram com o ala/pivô Hakim Warrick. O grande defensor Josh Childress ainda chegou em troca de uma escolha no draft de 2012.

O Suns continuou mudando, mas fora das quadras. Após a saída de Steve Kerr e seu assistente David Griffin, Robert Sarver reformulou toda a cadeia de gerentes da franquia. O cargo de Gerente de Operações foi insituido para cuidar dos contratos e quaisquer trâmites administrativos, e o escolhido para ocupá-lo foi Lon Babby, conceituado agente de jogadores (dentre eles, Hedo Turkoglu). Com o cargo de Gerente de Operações, o General Manager passaria então a cuidar da relação com jogadores, conexão direta entre Gentry e os níveis mais altos da gerência. Lance Blanks é o novo GM.

Apesar das mudanças em relação à última temporada, as virtudes do elenco continuam as mesmas. Vamos enumerá-las a seguir.

               * Química entre os jogadores: O clima em Phoenix é o melhor possível para qualquer jogador . O grupo é unido e fechado (como costumam dizer os cronistas do futebol brasileiro), e independentemente da capacidade técnica de cada um, todos são dispostos a se doar dentro de quadra. Poucos se recordam, mas em 2010 o Suns passou por maus bocados no mês de janeiro, chegando inclusive a ocupar a sétima posição na conferência Oeste, quando os jogadores se reuniram, e numa coletiva de imprensa o grupo liderado por Steve Nash e Grant Hill praticamente se comprometeu a classificar o time para os Playoffs entre os 4 primeiros. Qualquer pessoa que já tenha vivido alguma experiência nos esportes coletivos sabe que uma decisão dessa só é tomada quando há união entre os componentes. Essa é uma grande virtude do time atual.

               * Banco: O melhor banco de 2010 se fortaleceu. Com a chegada de Josh Childress e Hakim Warrick o Suns tem 5 suplentes com capacidade para ganhar muitos minutos dentro de quadra em 70% dos times da liga. 

 Dragic / Childress / Dudley / Warrick / Frye

Um bom banco garante (como já garantiu) um bom tempo de descanso (físico e principalmente psicológico) para os titulares ficarem "inteiros" nos momentos de clímax do jogo. Poucos sabem o quão importante é adição de Childress, já que é um jogador alto e extremamente atlético que jogará na posição 2 enfrentando, na maioria das vezes adversários mais baixos.

               * Status de "Zebra": Toda pré-temporada é a mesma história. O Suns vence apenas 2 partidas preparatórias para a regular season, e começam alguns questionamentos, que talvez sejam mais teóricos do que com embasamento prático vindo das partidas de preseason, mas ainda existem: os jogadores de garrafão são muito leves e incapazes de pegar os rebotes, o Suns não pode defender, Steve Nash está velho, daí em diante. Não que tais pontos não existam (a propósito, serão citados no próximo tópico), muito menos não interfiram, mas no decorrer dos últimos anos a franquia tem superado tudo isso e chegado aos Playoffs.

Pontos fracos existem, e devem ser citados, porém, como dito no último ítem que teve como assunto o "Status de Zebra" da equipe, nem sempre eles serão decisivos para o sucesso na temporada. Tomamos como exemplo a questão dos rebotes, que revoltou a torcida na temporada regular de 2010. Jogos com diferenças absurdas de 20 pontos ao fim do segundo quarto se transformavam em derrota, muito por conta das chamadas segundas-chances de ataque ao adversário dadas pelo Phoenix Suns. 

Mesmo com uma falha exorbitante em tal fundamento, o Suns chegou aos Playoffs, se classificando em terceiro na forte conferência Oeste e, mais tarde, chegando à final da mesma conferência contra o campeão Los Angeles Lakers. É preciso dizer que o desempenho dos jogadores nos rebotes durante os Playoffs foi plenamente satisfatório, e mais que isso, não foi a causa da derrota para o Lakers, quando quem não funcionou foi o ataque.

Posto isso tudo, vamos aos "pontos fracos":

- A utilização de Hedo Turkoglu na posição de ala/pivô, antes ocupada por Stoudemire, dificulta os trabalhos do rebote. Apesar de que, Stat nunca foi um perito em apanhar rebotes, bem longe disso.

- A idade de jogadores-chave como Steve Nash (36), Hedo Turkoglu (31) e Grant Hill (38) pode arapalhar a caminhada da equipe em sequências de jogos, principalmente em longas jornadas na costa Leste dos Estados Unidos. Não há banco que segure e consiga preservar a energia de jogadores em 4 jogos numa semana.

Com expectativas bem menores que as atuais, o Phoenix Suns da temporada passada alcançou o terceiro lugar da Conferência, porém com grande picos durante a campanha. O objetivo claro do técnico Alvin Gentry é dar uma consistência que a equipe de 2010 não teve, ou seja, manter uma constância nos jogos. O fortalecimento do jogo do Suns fora de casa também é uma meta. Com os dois pontos anteriores sendo alcançados, consequentemente o Phoenix Suns estará, seguramente, entre os 4 primeiros colocados da conferência adquirindo o direito de decidir um provável jogo 7 dos Playoffs dentro do US Airways Center

Projeção do blog para a temporada regular: 49 vitórias e 33 derrotas.