A casa brasileira do Phoenix Suns!


Com o pé esquerdo

Adaptado de BasketBrasil


Steve Nash e Andre Miller (ao fundo); os destaques do jogo 
(Barry Gossage/NBAE/Getty Images)

Na noite do último domingo o Suns iniciou sua caminhada nos Playoffs. E iniciou com o pé esquerdo. Surpreendendo a todos, mesmo sem seu principal jogador, o ala-armador Brandon Roy, o Portland Trail Blazers venceu Phoenix Suns no Arizona por 105 a 100, e abriu 1 a 0 fora de casa na série. O armador Andre Miller fez 15 pontos no último quarto e igualou seu recorde da carreira com 31 tentos, além de oito assistências, contra 25 e 9 do astro canadense rival Steve Nash nesses mesmos quesitos. 


A segunda partida do confronto será na noite de terça-feira, novamente no US Airways Center de Phoenix. O ala-pivô LaMarcus Aldridge contribuiu para a vitória do Blazers (51V-32D) com 22 tentos e três assistências. O camisa 10 brasuca converteu três em seis arremessos de 3 pontos e duas bandejas em infiltrações, fez uma assistência para enterrada do ala-pivô reserva Louis Amundson, bloqueou uma tentativa de bandeja do ala francês Nicolas Batum, cometeu duas faltas, não levou nenhum toco e desperdiçou três posses de bola em 16min33s de ação, nos quais o Suns fez nove pontos a mais que o Blazers, melhor diferencial da equipe da casa na partida. Só que o melhor reserva em quadra foi o ala-armador do Portland Jerryd Bayless, que anotou 10 de seus 18 pontos no último quarto, pegou quatro rebotes e deu um passe para cesta em 22min34s. Pelo menos na defesa Leandro ajudou a limitar o ala-armador espanhol vice-campeão olímpico Rudy Fernandez a cinco tentos, três rebotes, duas assistências e duas faltas em 28min29s como titular, nos quais ele errou cinco em sete arremessos de quadra.

Com ou sem Brandon Roy, o Blazers sempre deu trabalho ao time do Arizona e ontem não foi diferente. A vantagem do mando de quadra que o Phoenix lutou tanto para conseguir foi invertida graças a uma boa arrancada final dos visitantes nos últimos quatro minutos e meio de jogo, e assim o Suns foi o único time da casa a perder na primeira rodada do mata-mata.

“Nós temos feito isto a temporada inteira”, disse o técnico do Portland, Nate McMillan.

O ala Nicolas Batum foi outro destaque da noite com 18 pontos e cinco rebotes pelo Tricolor do Oregon, que impôs o ritmo de jogo metódico traçado por seu treinador. Bayless desequilibrou no quarto final, mas errou dois lances livres faltando 12,2 segundos, o que deu ao Suns uma chance de empatar o jogo. Mas o chute de 3 pontos de Steve Nash saiu curto, porém, e Miller selou a vitória encestando dois lances livres.

“Nós simplesmente não jogamos bem o suficiente. Eu achei que fomos uma sombra de nós mesmos. Temos muitas melhorias a fazer se quisermos vencer a série”, afirmou Nash.

O pivô Marcus Camby fez um grande trabalho defensivo em cima do astro adversário Amare Stoudemire e foi o maior reboteiro da noite pegando 17 rebotes para o Portland, dois a menos que seu recorde da carreira em playoffs. Também anotou quatro pontos e três tocos.

“Eles foram provavelmente o time mais quente da liga no final da temporada, mas nós mesmos somos um bom time fora de casa. Viemos aqui sem nosso melhor jogador, os caras se superaram e contribuíram realmente bem”, destacou Camby.

O Suns tinha vencido 14 das últimas 16 partidas, defendia uma invencibilidade de oito jogos em seu ginásio, e o Blazers sabia bem que era tido como carta fora do baralho por causa da lesão de Roy.

“Assistindo às notícias, as pessoas estavam perguntando a eles (Suns) quem preferiam enfrentar na segunda rodada (dos playoffs), mas nós ainda estamos aqui”, vibrou Camby.

Roy está fora da série depois de sofrer uma cirurgia artroscópica no joelho, e o Blazers já tinha perdido os pivôs Greg Oden e Joel Przybilla antes na temporada. Mas o Portland venceu dois dos três duelos com o Suns na fase classificatória, incluindo uma vitória em Phoenix sem contar com Roy. Miller entrou em modo de ataque desde o início, mas engatou a quinta marcha no último quarto.

“Nós conversamos sobre forçar um pouco as coisas e não depender só de arremessos de fora. Tentamos contê-los mantendo-os fora do garrafão e forçando que fizessem arremessos de 3 pontos. E do outro lado, tentamos não cair nessa armadilha de fazer arremessos de fora e não permitimos que começassem a correr”, explicou o armador Miller.

O Suns, time de melhor ataque da NBA com 110 pontos por jogo, não conseguiu fazer fluir normalmente seu ataque rápido, mas ainda liderava o placar por 87 a 85 depois de um arremesso certeiro de cinco metros de Stoudemire com 4min57s por jogar. Mas Miller respondeu acertando seu único triplo da noite virando o marcador em definitivo, 88 a 87 a 4min28s do final, depois Aldridge conectou dois lances livres fazendo 90 a 87 faltando 4min12s. Um arremesso longo convertido por Nash encostou em 90 a 89, mas Miller acertou dois lances livres, Aldridge fez uma cesta de tapinha por cima de Stoudemire e o Portland abriu 94 a 89 com 3min37s sobrando no relógio.

Uma bola de 3 de Nash cortou a vantagem dos visitantes para 94 a 92, mas Batum respondeu na mesma moeda com um triplo 17 segundos depois e Bayless converteu dois lances livres colocando o Blazers na frente por 99 a 92 faltando 1min29s. O Phoenix errou repetidos chutes de 3 até que o ala-armador titular Jason Richardson acertou um diminuindo a diferença para 103 a 100 a 12,5 segundos do fim. Depois que Bayless errou dois lances livres, Nash driblou rumo à quadra de ataque e soltou um tiro de 3, mas a bola nem chegou perto de entrar. O Suns teve um aproveitamento de apenas 42% no ataque e só converteu nove em 24 arremessos de quadra no último quarto, incluindo apenas três cestas de 3 em 13 tentativas de longa distância.


“Eu achei que nós não empurramos a bola para cima deles nem impusemos nossa vontade tanto quanto temos de fazer. Tivemos só quatro pontos em contra-ataques e obviamente essa é uma área em que temos de melhorar”, comentou o técnico Alvin Gentry, ressaltando que Stoudemire está à altura do desafio de superar um grande defensor como Camby.

“Amare vai ter de se superar e encontrar formas de pontuar para nós, e temos que tentar passar a bola para ele em boa localização”, completou o treinador do Suns.

Stoudemire disse que o Blazers “fez um grande trabalho jogando com bloqueios e cotovelos – eles fizeram um trabalho fenomenal defensivamente. Eles congestionaram um pouco o garrafão, então foi meio difícil entrarmos no nosso ritmo de ataque”, explicou o ala-pivô, limitado a 18 tentos, oito rebotes e dois passes para cesta.

O ala-armador titular do Suns Jason Richardson produziu um pouco mais que Leandrinho, anotando um duplo-duplo de 14 pontos e 10 rebotes, além de uma assistência e um bloqueio em 31min50s de ação. O pivô reserva Channing Frye colaborou com 12 tentos e sete rebotes, mas o veterano ala Grant Hill decepcionou com apenas quatro pontos.

O Blazers agora tem nove vitórias e nove derrotas na temporada em jogos sem Roy. O Portland tinha perdido suas últimas cinco estreias em playoffs, e os últimos 18 Jogos 1 que disputou fora de casa. Hill e Richardson combinaram só uma cesta em 10 arremessos de quadra no primeiro tempo e terminaram o jogo com quatro cestas em 21 arremessos, um aproveitamento pífio. O ala Jared Dudley, quarto colocado da liga em aproveitamento de bolas de 3 pontos (46%), só acertou um em cinco triplos tentados ontem. Leandrinho ficou fora de 15 jogos após uma cirurgia no pulso direito antes de voltar às quadras no dia 15 de março, mas agora está recuperado para tentar ajudar o Suns a empatar a série amanhã.

As cestas com participação direta do Ligeirinho brasuca neste Jogo 1 foram as seguintes:  uma bola de 3 com assistência de Nash encostando em 25 a 24 ao final do primeiro quarto, uma bandeja na infiltração em jogada individual empatando o jogo em 28 a 28 seguida de um triplo com passe de Dudley virando o placar para 31 a 28, uma assistência para enterrada de Amundson fazendo 33 a 28, outra bandeja na infiltração desempatando para 35 a 33, e uma cesta de 3 após passe de Nash fechando o segundo período em 43 a 44 faltando 2,6 segundos na parcial.

“Podemos não tê-los encarado tão seriamente como deveríamos”, concluiu Stoudemire.

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