A casa brasileira do Phoenix Suns!


A emblemática temporada de 1993 (Parte II - Série vs. LA Lakers)


Pois bem. A troca de Barkley para o Suns transformou o time do Arizona num contender ao título. Mas quem disse que o caminho nos Playoffs seria fácil? O primeiro adversário na caminhada ao título inédito (até hoje) é o Los Angeles Lakers, o mesmo que tinha o chamado Showtime dos anos 80, ou o que sobrou dele, comparável aos times de 2006 da franquia (ou, nem tanto).


No dia 30 de Abril de 1993 iniciou-se a caminhada. Surpreendentemente o time de Los Angeles vence o jogo em plena America West Arena, em Phoenix, por 107 a 103, com grande atuação do sempre contestado SedaleThreatt, marcando 35 pontos e 7 assistências. A justificativa então a ser dada por todos que acreditava mo Suns era o desfalque de Kevin Johnson, machucado ao final da temporada regular. 

Paul Westphal
Para o jogo dois, Westphal mudaria a equipe inicial, trocando Ceballos por Richard Dumas. Com isso Barkley voltaria a atuar na posição de PF. Kevin Johnson de volta. Mais energia na marcação com a introdução de Dumas à lineup, era quase certo que a volta por cima do Suns se inciaria ali. Estavam todos errados. Quem destruira o Suns desta vez tinha mais nome que aquele tal de Threatt do jogo 1: Vlade Divac. Foram 19 pontos, 13 rebotes e 6 assistências num jogo impecável do Iugoslavo. 86 a 81, na America West, com Barkley pegando 21 rebotes, KJ em quadra e tudo mais. Àquela altura torcedores e imprensa já achavam pura ironia do destino o Suns terminar a temporada com a melhor campanha. Foi aí que Westphal assumiu a responsabilidade na coletiva de imprensa (foto): “Nós vamos virar a série, podem me cobrar”.

Na época, as séries de primeiro round nos Playoffs eram melhores de 5 jogos, e todos davam como certa a eliminação do Suns no “Great Western Forum”, mais cedo ou mais tarde. Num jogo difícil e suado, o Suns novamente foi dominado por Vlade Divac, que segundo folclóricos do mundo do basquete foi um dos únicos a dominar o garrafão mais persistente e ’durão’ da história (claro que isso não passa de folclore). Divac marca 30 pontos e apanha 8 rebotes, que porém, não superaram o jogo coletivo do Suns liderado por Barkley e seus 27 pontos e 11 rebotes. Resultado final: 107 a 102, e o Suns estava vivo em busca das semifinais de conferência.

Para o jogo 4 tínhamos um panorama parecido com o confronto de dois dias antes: o Suns jogava pela sobrevivência na série e o Lakers afim de não levar a série para Phoenix num provável jogo 5. Mais uma vez atuações incríveis dos geniais Divac e Barkley, com 17 e 28 pontos respectivamente, “Sir” ainda pegou 11 rebotes. Após a partida o técnico do Suns Westphal deu declarações a respeito da marcação fora do garrafão, criticando-a, já que todos os jogadores do Lakers que atuam no perímetro terminaram o jogo com pelo menos 12 pontos. Mas a marcação falha não interferiria tanto no resultado, já que o ataque trabalhou bem. Final: Suns 101 – 86 Lakers. Com o resultado, o jogo 5 seria levado para a America West Arena, com promessa de muita disputa.

O 5º jogo foi disputado cesta a cesta, rebote por rebote. Rebotes, que aliás, Barkley apanhou 14, acompanhandos de 31 pontos. A equipe da California era dominante no perímetro. Divac servia como ponte de passe e dificultava demais a marcação, ainda porque Vlad é um dos melhores ‘big man’ passadores de todos os tempos. Por outro lado, o Suns tomava conta do garrafão, ofensiva e defensivamente. Mark West não vinha bem na série, por isso perdeu minutos para o pivô reserva Oliver Miller, que acabou o jogo com 17 pontos, 14 rebotes e 7, sim, sete bloqueios. 

Cada time apostando no seu ponto forte, que todos sabiam ser o fraco do adversário. Faltando cerca de 1 minuto para o final do jogo, os Lakers abrem 95 a 91 no placar. Com a posse da bola, Barkley converte um arremesso curto e diminui a vantagem dos visitantes para apenas dois pontos. Após um ataque precipitado de Byron Scott, o Suns tem o ataque para empatar com KJ, que erra o arremesso, que é reboteado por Charles Barkley. Westphal pede tempo. Faltando aproximandamente 13 segundos, Dan Majerle, num arremesso desequilibrado, credita dois pontos ao Suns, e  temos um jogo, um grande jogo, digno de Playoffs. O arremesso para ganhar o jogo para o Los Angeles Lakers foi mal trabalhado, para as mãos outra vez de Scott, que erra. Prorrogação. Por sorte, vontade, raça, ou qualquer que seja o motivo, o Lakers não foi tão inspirado ao overtime: Suns vence por 112 a 104 e está nas semifinais da Conferência, contra o poderoso Spurs de David Robinson, numa série melhor de 7 jogos.

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1 Spurs Haters já comentaram este post:

Carlos Alves disse...

Infelizmente eu nem sabia o que era basquete no ano de 93(Nasci em 94).
Mas estou vendo MATÉRIA e estou gostando muito, parabens á todos!

Go Suns!

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