A casa brasileira do Phoenix Suns!


Qual o impacto da chegada de Turkoglu e Childress?

Texto por: Pedro Henrique

 Com vocês, a prancheta do professor Gentry. (Foto: Getty Images)

Alguns dias atrás, o Phoenix Suns acertou a contratação do ala Hedo Turkoglu, que ainda não foi apresentado oficialmente porque o Toronto Raptors ainda busca alternativas de um acordo entre três equipes, de modo que receba mais um jogador.


Imprensa e fãs parecem estar um tanto quanto confusos com a saída do brasileiro Leandro Barbosa e a chegada de Turkoglu e Childress. "Quem pegará os rebotes?", "Como ficará a defesa?" e "O que faremos com tantos alas no time?" são indagações pertinentes, já que o Suns acaba de perder seu maior pontuador dentro do garrafão e, ao que tudo indica, teremos uma revolução no esquema tático do time que tão bem funcionou temporada passada.

O que já é quase certo é a posição de Turkoglu, ao menos no início da temporada. Ele será o ala de força do time (Power Foward), e formará uma dupla dinâmica com Robin (Lopez) - os mais bem-humorados entenderão a piada.

Ofensivamente

Voltando à bem-sucedida temporada 2009/10: o quinteto inicial tinha Nash/Richardson/Hill/Stoudemire/Lopez. Enquanto essa equipe era mantida na quadra, Lopez era o único jogador a ocupar o garrafão, com Stoudemire se deslocando e buscando arremessos de curta e média distância. Aliás, sua evolução nos arremessos de quadra lhe garantiram um bom aproveitamento nessas situações, quando ele, rapidamente, já tinha seus 10 pontos no primeiro quarto. A partir do momento em que Lopez era forçado a deixar o jogo, seja lá por questões físicas ou de faltas, Stat passava a ser o homem do garrafão ofensivo, com Frye encarregado dos chutes de longa distância e Grant Hill passando a circular pelo garrafão.

Entendendo o lineup inicial de 2010, podemos presumir como o time de 2011 vai funcionar. Lopez continuará a ser o homem isolado dentro da área pintada, Grant Hill será o homem que vai buscar os tiros de média distância. O recém-contratado Hedo Turkoglu vai ser de extrema importância no perímetro. Nas passagens por Spurs e Kings, Hedo era utilizado apenas como um shooter, recebendo corta-luzes e passes na linha de três. Quando assinou com o Orlando Magic, parece ter se reinventado, mostrando as características do basquete Europeu, de muita técnica, bom passe e visão de jogo, mesmo tendo muita altura; ainda mantendo o excelente arremesso.

Esta é a importância do jogador turco. A cadência do jogo no perímetro. Não a chuva de arremessos que todos esperam. Chuva de arremessos, que, mesmo assim, não seria menor se mantivéssimos o brasileiro Leandrinho na equipe.

A grande perda é óbvia. Os pontos de Stoudemire dentro do garrafão nos momentos de aperto farão muita falta. Mas esta era uma perda inevitável, se compararmos o caminhão de dinheiro oferecido pelo Knicks com a simplória oferta do Suns, que não tinha muito a oferecer. "Vamos pensar como se ele não tivesse passado por aqui e iniciar a montagem de um novo elenco", é o lema da equipe técnica agora.

Defensivamente

Essa é a questão que preocupa a muitos. Mas, quem não se lembra da zona 2-3 que dificultou a vida de Kobe em dois jogos, varreu o Spurs e se fez muito eficiente durante a temporada regular. É, essa zona vai continuar a ser utilizada.

Hedo Turkoglu de fato não é um bom defensor, mas não vai fazer as coisas se tornarem piores. Ele tem dois metros e oito de altura. Na temporada 2005/06, o garrafão tinha Boris Diaw (2,03) e Shawn Marion (2,01), e o time chegou às finais de Conferência (numa liga se reconstruindo, ok, mas esta é uma tese do autor que fica para outro artigo). Não é pela altura que julgamos um bom defensor, mas, além disso, é um jogador determinado e experiente. Hedo apanha 5 rebotes por jogo. Em 2006, Diaw, jogando como pivô, pegava 6. O Maior reboteiro daquele time era Marion, com 11 por jogo, isso numa rotação de 7 jogadores (para efeito de comparação, hoje temos no mínimo dez).

Falando em defesa, Josh Childress é o cara, pelo menos nesse fundamento do jogo. É um jogador atlético, com vontade e experiência no basquete europeu, caracterizado pela forte defesa. Muitos dizem que ele é overpaid (salários mais altos que o merecido), mas, no mercado da free agency, não existe melhor defensor que ele. Além do que, ele pode suprir as posições de SF (small foward) e SG (shooting guard). O Suns só precisou abrir mão de uma escolha de segundo round do draft para recebê-lo. E ofensivamente... (o autor se abstém de comentar).

Futuramente, o a franquia deve definir os componetes do front-office, para atuar nos bastidores e negociações. É a nova era no Vale do Sol.

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