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O ataque rápido do Phoenix Suns quebrou o estilo de jogo metódico do Portland Trail Blazers, e com 29 pontos do ala-armador Jason Richardson mais 20 do ala Grant Hill, atropelou o rival por 119 a 90 (63 a 49 no intervalo) jogando em casa e empatou a série em 1 a 1.

“O jogo simplesmente foi embora rápido. Eles nos atingiram com o jogo de transição. É isso que eles têm feito o ano inteiro”, disse o armador do Blazers Andre Miller.

Quando Richardson tem noites como esta, seu time quase sempre ganha. Phoenix tem 27 vitórias nos 31 jogos desta temporada em que J-Rich fez pelo menos 20 pontos. O ala-armador titular pôde se concentrar mais no ataque por ter sido liberado da tarefa de marcar Miller. O técnico Alvin Gentry mudou a tática e colocou o veterano ala Hill em cima do armador adversário, e Miller conseguiu apenas 12 pontos acertando quatro em 11 arremessos de quadra depois de brilhar com 31 tentos na vitória do Portland fora de casa por 105 a 100 no Jogo 1.

“Eu apenas tentei fazê-lo trabalhar. Ele é um grande jogador e eu tenho muito respeito por ele. Somos próximos em idade. Ele simplesmente teve uma noite ruim hoje à noite e eu espero que ele jogue melhor no Jogo 3”, afirmou Hill, que converteu 10 em 11 arremessos de quadra e ainda pegou oito rebotes.

O cestinha Richardson ficou maravilhado com a performance de Hill.

“Eu não sei como Grant o marcou tão bem. Ele fez um bom trabalho contra Miller hoje à noite e ainda fez 20 pontos. Eu não poderia fazer isso”, elogiou J-Rich, que converteu 11 em 16 arremessos de quadra incluindo quatro bolas de 3 em cinco tentativas de longa distância e coletou seis rebotes em 30min29s de ação.

O ala-pivô Amare Stoudemire contribuiu no triunfo com 18 pontos, sete rebotes, três assistências e um toco. O armador canadense Steve Nash ditou o ritmo do passeio com um duplo-duplo de 13 pontos e 16 passes para cesta. O grande domínio do Suns na partida apenas manchou um pouco a satisfação do Blazers em ter invertido o mando de quadra na abertura da série, voltando para casa com o confronto empatado. A terceira partida da série será na noite de quinta-feira, desta vez no Rose Garden de Portland. 

“Nós fomos apenas mais agressivos levando a bola para o ataque e movendo os corpos ao redor deles, não deixando que se armassem na defesa, e eles não conseguiram marcar por zona tão bem”, comentou Nash.

“Nós conseguimos uma vitória fora, mas você não quer perder desse jeito indo para casa. Mas estamos definitivamente motivados ainda. É uma série de sete jogos”, declarou Miller.

O técnico do Portland, Nate McMillan, viu a “goleada” de ontem como uma advertência para seu time voltar para casa ligado no Jogo 3.

“Nós viemos aqui e conseguimos um empate, mas baseado no jogo de hoje e nesse senso de urgência e compreensão, ainda temos um longo caminho pela frente. Você tem de vencer quatro jogos. Eles vieram fortes e impuseram sua vontade sobre nós desde o início”, disse McMillan.

O ala francês Nicolas Batum fez 12 pontos pelo Blazers antes de sair da quadra com uma lesão no ombro direito no final do terceiro quarto. Ele disse que passaria por um exame de ressonância magnética nesta quarta-feira, mas não pensa que a lesão o deixaria fora do Jogo 3 de amanhã. Prejudicado pelas lesões, o Blazers já está desfalcado do ala-armador Brandon Roy por toda a série. Com Roy ou sem Roy, nenhum time foi melhor que o Portland na temporada regular em desajustar o ataque rápido do Suns, mas o Blazers não conseguiu fazer isso ontem. O Phoenix teve um aproveitamento de 52% nos arremessos contra apenas 38% do Tricolor do Oregon. O Suns livrou uma vantagem de 14 pontos no intervalo e deixou o placar fora de alcance no terceiro quarto.

O Blazers venceu três dos quatro duelos entre as equipes nesta temporada, contando a vitória no Jogo 1 que lhe deu a vantagem de decidir a série em casa, e não permitiu ao Suns mais de 102 pontos em nenhum desses confrontos. Terceiro colocado no Oeste, o Phoenix não quis saber da possibilidade de viajar a Portland perdendo a série por 2 a 0. A preocupação não durou muito, porque o time visitante falhou na missão de diminuir a velocidade da equipe de melhor ataque da liga. O clube do Arizona dominou nos pontos dentro do garrafão (58 a 38) e teve uma vantagem de 26 a 12 nos pontos marcados em segundas chances após rebotes ofensivos.

“Nós não demos a eles uma chance de ter sua defesa estabelecida. Eles são realmente bons – eu acho que são tão bons quanto qualquer um na NBA se você os encara na defesa de meia quadra”, explicou o técnico Gentry.

O Portland foi para o intervalo perdendo por 63 a 49, e qualquer esperança de uma reação foi aniquilada com o imponente terceiro quarto do Suns. Richardson fez cinco pontos numa arrancada de 13 a 4 que aumentou a vantagem dos donos da casa para 78 a 58 faltando seis minutos no período. Durante essa sequência matadora, Nash fez a grande jogada da noite com uma cesta de circo. O armador de 36 anos infiltrou o garrafão rumo ao aro, ficou de costas para a cesta na subida, e converteu uma bandeja mágica com a mão esquerda. O Portland passou quase cinco minutos sem converter um arremesso enquanto o ataque do Phoenix brilhava.

Nash começou o jogo com sete assistências para as oito primeiras cestas do time e converteu a outra. Ele tinha nove assistências no final do primeiro quarto e 12 no intervalo. Richardson, que errou oito em 12 arremessos de quadra no Jogo 1, marcou 15 tentos no primeiro quarto, um a mais do que anotou em todo o primeiro jogo, e já tinha 20 pontos no intervalo. Hill, que só converteu dois em nove arremessos de quadra na primeira partida, acertou ontem seus dez primeiros chutes, a maior parte deles arremessos de média distância, antes de finalmente errar uma finalização.

O Suns não perde dois jogos seguidos desde 26 de janeiro. O pivô Marcus Camby, que assinou uma extensão de contrato com o Trail Blazers por dois anos, terminou o jogo com seis pontos, 10 rebotes e um bloqueio. Um dos três lances livres errados do Phoenix em 24 cobranças da linha de penalidade saiu das mãos de Nash, que tem o melhor aproveitamento da NBA em lances livres com 94% de acerto, ele só errou 14 durante toda a temporada regular. Richardson ficou a apenas dois pontos de igualar seu recorde em playoffs.