O Phoenix Suns se manteve fiel à rotina de poupar o veterano superpivô Shaquille O´Neal na primeira perna de uma rodada dupla jogando em noites seguidas, a dupla de garrafão do Denver Nuggets formada por Nenê e Kenyon Martin agradeceu a gentileza. Ambos se destacaram na vitória em casa na prorrogação por 119 a 113 (56 a 62 no primeiro tempo e 103 a 103 ao final do segundo) na madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília), que teve o armador Chauncey Billups como cestinha marcando cinco de seus 26 pontos no tempo extra superando uma forte gripe. Sem o gigante de 2,16m à sua frente, o pivô brasileiro foi o maior reboteiro da partida no Pepsi Center e anotou seu 11º duplo-duplo na temporada com 17 pontos e 14 rebotes, e o ala-pivô K-Mart brilhou com 24 pontos incluindo uma cesta de três decisiva faltando 29,6 segundos na prorrogação, oito rebotes e um recorde da carreira com sete roubos de bola no sétimo triunfo do Denver (27V-13D) nas últimas oito partidas. O ala Grant Hill liderou o Suns (22V-14D) com sua maior pontuação no campeonato, 24 tentos mais oito rebotes, e o armador canadense Steve Nash obteve um duplo-duplo com 20 pontos e 14 assistências. Mas nesse “clássico brasileiro”, o ala-armador Leandrinho não foi bem, marcou apenas seis pontos errando 10 em 11 arremessos de quadra, pegou três rebotes e deu um passe para cesta em 28min46s vindo do banco. Principal destaque verde-amarelo na temporada da NBA, Nenê acertou cinco em nove arremessos de quadra incluindo uma enterrada, encestou sete em 10 lances livres, pegou 11 rebotes defensivos e três ofensivos, fez uma assistência para enterrada do ala lituano autor de 18 tentos Linas Kleiza, roubou duas bolas, deu um toco em Hill, ficou pendurado com cinco faltas e desperdiçou três posses de bola em 43min18s de ação como titular, tempo no qual o Nuggets marcou 14 pontos a mais que o Suns, o segundo maior diferencial positivo da equipe (atrás apenas do +18 do ala-armador J.R. Smith, outro destaque com 19 pontos e sete passes para cesta). Parecia até um encontro dos três brasileiros da liga, mas o pivô titular do Suns não era Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers que perdeu ontem na casa do Chicago Bulls por 102 a 93, mas seu “clone” de menor qualidade Robin Lopez, o novato cabeludo do Phoenix não teve chances no garrafão denverista e terminou o jogo com apenas quatro pontos, dois rebotes, quatro faltas e três bolas perdidas em 22min23s. O ala-pivô Amare Stoudemire teve que se virar para compensar anotando 21 pontos e oito rebotes, além de uma bela enterrada por cima de Nenê. De terno na platéia, Shaq acordou com dores no pescoço e foi poupado para o jogo desta sexta-feira à noite em Phoenix contra o Minnesota Timberwolves (11V-26D), para bater de frente com o forte pivô Al Jefferson, mais baixo que Nenê e líder de um time tecnicamente bem inferior ao Nuggets, vamos aguardar para ver se não foi um completo tiro no pé. O técnico Terry Porter foi questionado pela decisão que impediu o duelo entre os dois pivôs mais cotados na votação dos reservas do Jogo das Estrelas de 15 de fevereiro em Phoenix. “Foi uma noite de folga de rotina. Isso nos tira uma arma, é como o Denver jogando sem Carmelo Anthony”, disse Porter sobre o ala cestinha do Nuggets que está fora de combate com uma fratura na mão direita. Dois lances livres convertidos por Leandrinho cortaram a diferença para 112 a 109, mas Martin venceu o relógio acertando um tiro de três frontal no estouro do tempo dos 24 segundos de posse de bola, foi o golpe fatal no Suns abrindo 115 a 109 com menos de 30 segundos restando. Depois J.R. Smith fechou o placar convertendo três lances livres nos 24s finais. “Eles me passaram a bola, então não tive escolha a não ser arremessar”, afirmou K-Mart. Leandrinho que vinha tão bem nas bolas de três nos últimos jogos, desta vez errou todos os seus cinco tiros de longa distância, mas encestou todos os seus quatro lances livres, pegou dois rebotes defensivos e um ofensivo, deu uma assistência para cesta de três de Nash, roubou duas bolas interceptando passes errados de Nenê e do armador reserva adversário Anthony Carter, não desperdiçou nenhuma posse de bola e cometeu três faltas nos seus quase 29 minutos de ação nos quais o Phoenix fez só um ponto a menos que o Denver. Mas logicamente o ala-armador titular Jason Richardson foi muito mais efetivo com 16 pontos, seis rebotes e cinco passes para cesta em 44min37s, e o ala Matt Barnes foi o maior pontuador reserva do Suns na noite com 13 tentos e seis rebotes, mas desperdiçou cinco posses de bola e saiu eliminado com seis faltas em 24min04s. O Nuggets emplacou uma arrancada de 11 a 0 no último quarto virando o placar e livrando uma vantagem de 96 a 88, mas o time do Arizona respondeu com 10 pontos consecutivos numa sequência com bolas de três de Nash e Richardson, assim passou à frente por 98 a 96. Os times trocaram cestas até que um triplo de Smith faltando 1min23s empatou o jogo em 103 a 103. As duas equipes perderam chances de assumir o comando do marcador no minuto final, e o Suns teve a última bola armando a jogada para Grant Hill, que não conseguiu finalizar com o arremesso, ele e o técnico Porter reclamaram de falta do ala-armador Dahntay Jones no lance. “Dahntay esticou sua perna, me tocou na passagem e eu perdi o equilíbrio. Eu corri para cima de Nenê ao mesmo tempo. Foi bastante óbvio que houve algo ali, mas achei que os árbitros ficaram com medo de apitar aquela falta. Realmente dói no coração de um time quando você vai lá e joga duro como nós fizemos, mas tudo acaba numa jogada em que o árbitro tinha o ângulo certo para ver e ele meio que engoliu seu apito”, reclamou Hill. A arbitragem não deu nada, o jogo foi para a prorrogação, e assim que o Nuggets abriu vantagem no tempo extra, o Suns não conseguiu mais se recuperar. “Ambos os times estavam cansados de alguma forma. Chauncey, nas primeiras três ou quatro posses de bola da prorrogação, nos levou rumo à vitória”, comemorou o técnico George Karl.
Na ausência de Melo, Billups tem liderado o time do Colorado, mesmo jogando doente desde o final de dezembro com essa gripe incômoda. “Estou só tentando superar isso. Uma vez que o jogo começa você tem de fazer o que tem de fazer”, resumiu o armador, que errou 11 em 15 arremessos de quadra no tempo regulamentar, mas acertou seus dois primeiros chutes na prorrogação dando ao time da casa uma vantagem de 110 a 105.
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