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Phoenix Suns 129 Sacramento Kings 81

As reuniões anti-crise do fim de semana fizeram efeito e o Phoenix Suns acabou com uma série de três derrotas com sua maior vitória da temporada, um massacre por 129 a 81 (73 a 43 no intervalo) em casa sobre o Sacramento Kings, que perdeu pela nona vez nos últimos 10 jogos. O ala-armador Jason Richardson marcou 16 de seus 24 pontos no primeiro quarto de 40 a 19 abrindo caminho para o passeio e ainda deu seis assistências no total, já o ala-pivô All-Star Amare Stoudemire foi o cestinha da partida com 25 pontos e oito rebotes. Após estabelecer um recorde sul-americano no campeonato com 32 tentos no tropeço diante do Chicago Bulls no sábado, o ala-armador brasileiro Leandrinho foi novamente o melhor reserva em quadra com 11 pontos, três rebotes e dois passes para cesta em apenas 14min39s de ação, teria conseguido mais se o técnico Terry Porter não o tivesse descansado no último quarto junto com os cinco titulares, com o jogo já resolvido todos os reservas tiveram a chance de entrar e pontuar.

O Suns (26V-20D) acordou de sua recente letargia a tempo de não perder a oitava posição na zona de classificação aos playoffs da Conferência Oeste para o Utah Jazz (27V-22D), que dominou o Charlotte Bobcats por 105 a 86 liderado por 22 pontos do pivô turco Mehmet Okur e está colado no retrovisor do Phoenix. Após perder três jogos seguidos em casa, o time do Arizona deu uma alegria à torcida conseguindo sua maior pontuação da temporada. A margem final de 48 pontos foi a maior “goleada” da liga no campeonato de 2008-09 e a maior da história do basquete de Phoenix na NBA. Mas vale lembrar que o humilhado Kings (11V-39D) já tinha sofrido a pior derrota da liga neste ano, levando uma surra de 45 pontos do campeão Boston Celtics, e chegou cansado à cidade do deserto após vencer o Oklahoma City Thunder na prorrogação na noite anterior.

“Esta vitória era definitivamente necessária, do ponto de vista de restaurar nossa confiança. Talvez nós começaremos a acreditar que somos um bom time. Nós ditamos o ritmo do jogo cedo e fomos capaz de sustentá-lo. Nas reuniões que tivemos, estávamos tentando melhorar e resolver problemas, nos reconcentramos naquilo que queríamos realizar”, disse o técnico Terry Porter.

Com a vitória, o Suns igualou seus retrospectos dentro e fora de casa (13V-10D), mas ainda há muito trabalho a fazer para consertar principalmente a fraca campanha da equipe em seu ginásio, o US Airways Center. Com sete derrotas nos últimos 10 jogos e cinco tropeços em casa contra times abaixo de 50% de aproveitamento na classificação, o proprietário da franquia Robert Sarver e o gerente geral Steve Kerr resolveram intervir, participando das reuniões da equipe nos últimos dois dias para tentar solucionar as causas do jogo ineficiente do Phoenix recentemente, e na noite desta segunda-feira os jogadores responderam entrando em quadra com muito mais energia e foco. Tiveram poucos problemas contra um habitual freguês, afinal esta foi a sexta derrota consecutiva do Sacramento no confronto direto e a 11ª nos últimos 12 duelos entre as equipes. Foi também a sexta vitória fácil seguida sobre o Kings no US Airways Center, sendo que as cinco anteriores foram por uma diferença média de 19 pontos, só que esta surra foi ainda mais impiedosa.

O Suns dominou completamente o jogo, com uma ampla vantagem de 64 a 44 nos rebotes incluindo 21 sobras ofensivas, bateu seu recorde da temporada em pontos de contra-ataque marcando 30, teve seu maior número de roubos de bola no campeonato (16) e fez 64 pontos dentro do garrafão contra apenas 34 do Kings. O veterano ala Grant Hill foi outro destaque do passeio com 14 tentos e sete rebotes, o superpivô de 36 anos Shaquille O´Neal anotou 10 pontos e nove rebotes, e o armador canadense Steve Nash ditou o ritmo com nove tentos e nove assistências. O ala John Salmons liderou o Sacramento com 19 pontos e sete rebotes.

“Foi importante conseguir uma vitória assim, derrubando-os cedo e nocauteando-os rápido. Foi um jogo encorajador, se pudermos simplesmente engarrafar essa energia…”, afirmou Hill.

“Fazia um longo tempo que eu não jogava bem assim. Voltei aos meus dias de colégio e estava simplesmente me divertindo. Temos de tirar os times do jogo desde o início”, comemorou Jason Richardson, que acertou 10 em 12 arremessos de quadra e pegou cinco rebotes na sua atuação de 24 pontos em 24 minutos e meio, deve ter se inspirado na performance de 32 pontos em 32 minutos de seu reserva Leandrinho no sábado.

O camisa 10 brasileiro desta vez converteu três em seis arremessos de quadra incluindo seu único tiro de três pontos, encestou todos os seus quatro lances livres, pegou três rebotes defensivos, não desperdiçou nenhuma posse de bola e deu assistências para cestas de Shaq e do ala-pivô reserva Louis Amundson, autor de oito pontos e cinco rebotes. Nos quase 15 minutos de Leandro atuando, o Suns fez 22 pontos a mais que o Kings, e na defesa ele também levou a melhor no duelo com o ala-armador dominicano Francisco Garcia, limitado a 10 tentos, um rebote, dois roubos de bola e um toco em 25min44s saindo do banco. Que esse duelo se repita com ainda mais sucesso para o Brasil na Copa América do México em agosto, valendo vaga no Campeonato Mundial da Turquia em 2010, afinal a República Dominicana promete ir com um time reforçado com seus representantes na NBA, com destaque para o pivô do Atlanta Hawks Al Horford.

O técnico do Kings, Kenny Natt, ficou obviamente desapontado com a atuação de sua equipe, a maior decepção foi o ala-armador Kevin Martin, cestinha do time na temporada, ter anotado apenas 13 pontos e uma assistência. O ala-pivô Jason Thompson colaborou com 12 tentos e oito rebotes.

“Essa foi uma performance vergonhosa de nossa parte. A reunião do time deles os incendiou o suficiente para entrarem em quadra ligados e mostrarem mais esforço. Nós somos muito melhores do que mostramos hoje à noite e só iremos melhorar no futuro. Simplesmente tiramos esta noite de folga e não aparecemos em Phoenix”, lamentou o treinador derrotado.

Fonte: basketbrasil.com.br