Suns Brasil

A derrota estragou uma noite especial para O’Neal e Nash. Shaq foi convocado para o Jogo das Estrelas pela 15ª vez na carreira, ultrapassando Michael Jordan, Karl Malone e Jerry West como segundo maior participante do evento, e anotou 13 pontos contra o Spurs, o que o colocou à frente de Hakeem Olajuwon como sétimo maior cestinha da história da NBA, com 26.954. Já o armador canadense fez 16 pontos e 18 assistências, ultrapassando seu treinador, Terry Porter, na lista de maiores assistentes da história da NBA. Agora, Nash é o 11º melhor passador da liga, com 7.172 passes decisivos na carreira.

Nada disso importou após o Spurs usar uma arrancada de 9 a 2 no início do quarto período para abrir 12 pontos de vantagem. Phoenix conseguiu diminuir para 107 a 104 com 1min05s restando, mas Parker respondeu com uma cesta e Ginóbili acertou cinco lances livres para selar a vitória.

O primeiro tempo foi muito equilibraso e terminou empatado em 57 pontos. Nash e O’Neal conquistaram suas marcas históricas ainda no primeiro tempo. Com o bom controle de bola de ambos os lados - o Suns, que vem cometendo 16,4 turnovers por jogo nesta temporada, não perdeu nenhuma bola nos dois primeiros quartos - o placar foi alto já no período inicial, 32 a 31 para San Antonio. Os três principais jogadores do Suns receberam faltas técnicas - Nash, O’Neal e Amaré Stoudemire. Nash empatou o jogo com uma cesta de 3 logo antes do intervalo.

No terceiro quarto, entretanto, o Suns jogou muito fisicamente e mandou o Spurs 20 vezes à linha de lance livre. O técnico Porter inclusive resolveu responder à tática “Hack-a-Shaq”, de cometer faltas em O’Neal para mandá-lo à linha, com faltas intencionais em Bruce Bowen, o pior chutador de faltas do Spurs. Entretanto, Bowen acertou cinco de seis tentativas no período. “Não estávamos esperando isso. Ele (Bowen) errou o primeiro, e aí acertou cinco de seis. Isso foi enorme para nós”, disse Duncan.

As falhas na armadura do Suns começaram a aparecer e o time cometeu seus primeiros três turnovers no jogo. San Antonio marcou 23 pontos nos 6min03s finais do terceiro período, incluindo 17 em lances livres, e fez 89 a 84 antes do quarto derradeiro. “No segundo tempo, eles jogaram mais do que nós em várias categorias. Eles pontuaram em uma freqüência bastante eficiente e nós achamos chutes difíceis em ambos os lados da quadra, Fomos superados por um time que é melhor do que nós e isso mostra que temos trabalho a fazer”, lamentou Nash.

Um crossover de Parker enganou Leandrinho e abriu caminho para o francês deixar uma bandeja, marcando 100 pontos para o San Antonio com 6min53s por jogar e 12 pontos de vantagem. O Suns reagiu e conseguiu reduzir para três pontos em um contra-ataque liderado por Grant Hill, que bloqueou Parker e levou a bola ao outro lado para uma jogada de três pontos. No lance seguinte, porém, Hill se afastou do armador para ir em cima de Ginóbili, e o argentino achou o companheiro livre no topo do garrafão para acertar a cesta. A partir daí, só deu Spurs. “Jamais conseguimos manter Ginóbili sob controle. Ele estava realmente fazendo o que queria às vezes. Ele passava pelos caras e chegava à cesta e nós não fizemos o bastante para controla-lo”, lamentou Porter.

“Tive um bom começo e minha confiança subiu. Meu foco era chegar ao aro. Achei vários caminhos abertos para o aro”, disse Ginóbili, cujos 30 pontos foram sua melhor marca na temporada. Parker acrescentou 26 pontos e 5 assistências, Duncan fez 20 pontos e 15 rebotes e o ala-armador Roger Mason Jr. contribuiu com 12 pontos. Pelo Suns, além das produções de Shaq e Nash, Amaré Stoudemire marcou 28 pontos e 10 rebotes, Grant Hill teve 20 pontos e 10 rebotes e o reserva Matt Barnes produziu 13 pontos. O armador brasileiro Leandrinho teve noite pouco inspirada, com 7 pontos - acertou dois de cinco arremessos e três lances livres - 2 rebotes, 1 assistência e 1 roubo em 22 minutos.

San Antonio (31v-14d) encara o New Orleans Hornets no sábado (31/1) no At&t Center, antes de embarcar em sua excursão anual de rodeio - quando os tradicionais rodeios do Sul americano tomam conta do seu ginásio - com oito jogos seguidos fora de casa. Phoenix (25v-19d) joga no mesmo dia com o Chicago Bulls, novamente em casa, no US Airways Center.

Fonte: basketbrasil.com.br