Suns Brasil

          Cercados de expectativas, o Phoenix Suns entrou em mais uma Summer League para fazer bonito...
E fez feio.

          A equipe participou de três jogos e angariou 1-2 na liga de verão em Las Vegas. Acompanhe alguns pontos sobre o torneio.

Surpresas e pontos positivos:

Davon Reed: Uma escolha surpreendente que mostra o trabalho de McDonough. Aqui temos que reconhecer, pode ser o segundo ano seguido em que uma escolha de 2ª rodada pode dar certo. O ala-armador chegava como um defensor sólido para representar uma nova versão de P.J. Tucker, mas defendeu, pontuou, lançou de três pontos e até deu assistências. Claro que nem tudo de forma exímia (como a linha de lance livre e o arremesso de 3 pontos) e uma Summer League não pode servir para iludir os torcedores. Reed mostrou que pode ser uma boa colaboração vindo do banco e não só defendendo.

Mike James: O armador rodou o mundo e firmou contrato com o Suns já garantido na NBA. Recentemente tivemos casos parecidos (uns bons como P.J. Tucker e outros ruins como Josh Childress e Sony Wems) e é uma jogada interessante, porém, o impacto veio tão de imediato que pegou de surpresa até o mais fanático torcedor do time do Arizona. Mike James teve excelentes números pontuando e arremessando de 3 pontos, boa visão de quadra para armar e roubar bolas e pegou uma alta quantia de rebotes. Oscilou nos arremessos de lances livres como grande parte da equipe. Foi um achado que complica ainda mais a situação do azarado Brandon Knight.

Pontos negativos:

Derrick Jones Jr.: Eu não sei até que ponto ele é apenas um jogador de enterradas. Durante a liga de verão não se mostrou impactante e por vezes foi muito omisso. Teve números tão discretos que chegam beirar a nulidade, como na partida contra os Rockets. Sua manutenção, ao meu ver, deveria ser discutida.

Sinal de alerta:

Dragan Bender: Era esperado um impacto maior, um espaçamento e dominância por parte do ala-pivô. Houveram sim lances bons, mas ficou devendo. Pensávamos que seria o arsenal ofensivo da equipe, mas não foi. Bender ainda carece de energia e estabilidade durante um jogo. Espero vê-lo saudável para desenvolver seus atributos.

Marquese Chriss: O calouro eleito para o segundo time ideal de novatos do último ano até pontuou bastante, mas mostrava lampejos de momentos que parecia não querer estar ali. Cometeu erros bobos, deixou de disputar jogadas com mais intensidade e parece que não rende mesmo como pivô. Quase deixou seu Quadruple-Double no jogo contra os Kings com 19 pontos, 9 rebotes e incríveis 8 turnovers e 9 faltas (!). Brincadeiras à parte, Chriss precisa parar de cometer erros e faltas.

Josh Jackson: O calouro da 4ª escolha aqui? Pois é. Há quem possa discordar pelos números apresentado pelo atleta, mas esta é uma sessão de alerta, onde não é necessariamente um destaque negativo. Jackson pontuou pegou rebotes, ajudou a defender e só. Não causou impacto de imediato, só me fez ter medo. Sua mecânica de arremesso mostrou-se facilmente bloqueável e seus tiros de todas as formas (até lance livre)  foram inconsistentes, com porcentagens de acertos bem ruins. Mesclou domínios de bola com ataque até a cesta com enterradas com tocos recebidos da linha de 3. Infelizmente eu não vi aquele atleta comparado a Leonard e que viria para contribuir e causar impacto de imediato no time titular. Espero que ele também tenha se decepcionado e faça melhorias.



          Em geral a palavra principal pode ser DECEPÇÃO. A equipe que conta com 3 escolhas top 10 dos últimos 2 drafts sendo duas escolhas top 4 e um calouro eleito para o segundo time de melhores calouros da NBA precisava mostrar mais. Parecia apenas um reflexo da equipe principal, onde muitos erros aconteciam, faltas excessivas prejudicavam e mesmo com vantagem conseguíamos a ''proeza'' de nos desfazer dela. Acostumado com boas colocações e buscas pelo título da Summer League, o Phoenix Suns pode ligar o sinal de alerta para mais uma temporada irregular na NBA, a julgar pela atuação daqueles que são considerados o futuro da franquia.