O Phoenix Suns venceu as últimas quatro partidas e ainda sonha em alcançar a pós temporada da NBA, porém, o assunto desta semana é outro: a aposentadoria de Steve Nash.
Entre 2005 e 2010, algo incomum aconteceu com muitos jovens brasileiros. Resolveram acompanhar a NBA por conta de um brasileiro que se destacava e acabaram descobrindo um outro ídolo.
Não me recordo ao certo qual foi a primeira partida do Suns que assisti, mas sei que foi devido ao Leandrinho Barbosa, que era jogador chave do Suns na década passada e o brasileiro com maior destaque.
Contudo, o que me chamou a atenção foi aquele armador cabeludo, que passava a bola sem olhar e não errava um arremesso.
Com a evolução da internet, logo soube que seu nome era Steve Nash e que era canadense (apesar de ter nascido na África do Sul). De lá pra cá, o basquete passou a fazer parte de minha vida.
Entre os anos subsequentes, foram muitas assistências, pontos, jogadas de efeito e filmes realizados por Nash. Mais do que isso, ele foi responsável por mudar a NBA.
Tanto em 2004 quanto em 2005 a NBA viveu um momento difícil, em que equipes com defesas fortes venciam os jogos, contrapondo ao que a Liga pregava ao mundo, como o campeonato dos jogos de placares altos. Aquilo precisava acabar e o Suns foi o melhor "antídoto".
Mike D'Antoni criou um esquema tático baseado em atacar a cesta em 7 segundos ou menos, para a defesa não ter tempo de se organizar. Se não funcionasse, aí aparecia Nash e realizava o pick and roll com Amar'e Stoudemire. Isso mudou a NBA! E pra melhor!
Foram muitos duelos contra San Antonio Spurs e LA Lakers, mas acredito que nada supera as duas prorrogações contra o Dallas Mavericks, de seu amigo Dirk Nowitzki. É só vendo para acreditar:
Nash não foi campeão da NBA e para muitos isso é algo triste. Contudo, diversos outros jogadores como o nosso ídolo Charles Barkley também não venceram e continuam na memória de todos os torcedores.
Como muitos dizem, a primeira morte de um atleta é quando ele se aposenta. Mas com Steve Nash, isso é diferente.
Graças à Nash, passei a acompanhar basquete todos os dias, a jogar (sendo justamente armador) e ainda me tornei editor-chefe deste blog (que também não existiria sem Nash). Da mesma forma, já vi inúmeras histórias de leitores do blog, que amam esse jogo por causa do canadense.
Mesmo aposentado, Nash seguirá presente, tanto na Liga em que ele mudou radicalmente como na vida de muitos torcedores brasileiros.
Obrigado, Steve Nash!
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